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sábado, 20 de maio de 2017

QUANDO TORCEMOS PARA A ZEBRA F C - PARTE 2

Foto:Internet
Infinitas vezes nos deparamos com o inesperado em nossa vida, aquela surpresa que vem de mansinho e logo nos faz arregalar os olhos e pensar que realmente o impossível não existe.
Em nossa vida futebolística, fazemos um papel de torcedor fiel, porém quando uma partida não envolve o nosso clube de coração, na maioria das vezes esperamos a lógica, a naturalidade, o óbvio acontecer, enfim, A vitória do favorito.

Na primeira parte desta matéria retratei feitos incríveis que por detalhes não aconteceram, hoje a partir deste texto, a zebra que no mundo animal sempre foi a presa, terá seu momento de predadora.
Quando um Rei assume o seu trono, é uma questão natural de acontecer, mas nada melhor do que ver um plebeu assentado no melhor lugar do castelo. Podemos chamar carinhosamente este castelo de Copa do Brasil, que sempre foi um lugar democrático para que essas analogias realmente aconteçam. Quatro plebeus já tiveram a honra de conquistarem o trono: Criciúma em 1991 ( comandado pelo “príncipe” Luiz Felipe Scolari), Juventude em 1999, Santo André em 2004 e Paulista de Jundiaí em 2005.

A conquista do Ramalhão em 2004 (Apelido do EC Santo André), batendo o Flamengo – RJ por 2 a 0 dentro de um maracanã lotado, foi o melhor momento de gala vivido por uma das maiores torcidas do Brasil, não a torcida do próprio EC Santo André, mas sim, aquela grande massa que torce contra o Flamengo – RJ.

Continuando a falar de momentos espetaculares na Copa do Brasil, posso citar passagens históricas como: o Baraúnas – RN eliminando o Vasco - RJ dentro de São Januário goleando por 3 a 0 em 2005 ( lembrando que no ano anterior o Vasco – RJ sofreu o mesmo revés para o XV de Novembro – RS),  o Linhares - ES eliminando o Fluminense na primeira fase e consequentemente logo depois, chegando às semifinais em 1994, além do plebeu Brasiliense – DF que passou pelas grandezas de Fluminense – RJ  e Atlético – MG, mas infelizmente não ergueu a taça em 2002, perdendo a decisão para o Corinthians – SP.

Tudo isso me ensinou uma importante lição: “Realmente, o melhor de um clube grande é fora das quatro linhas do campo, e o melhor de um clube pequeno, é a demonstração de superação dentro da arena”.

Superação era o segundo nome do São Caetano – SP, nada me entusiasmou mais do que ver um clube sem expressão e desacreditado por muitos, chegar a duas finais de Campeonato Brasileiro ( 2000 e 2001 ), além de quase erguer a Taça Libertadores em 2002, perdendo nos pênaltis para o Olímpia do Paraguai. Mas enfim, sua afirmação chegou em 2004 quando conquistou o Campeonato Paulista.
Peço desculpas a você torcedor amigo que sempre vai ao estádio levando um rádio de pilha, talvez eu não tenha citado aqui alguma glória que seu clube de coração fez por isso esta é apenas a segunda parte da composição dessa matéria. Ainda tenho histórias pra te contar que realmente inspira o impossível valer a pena em nossas vidas.

Caro leitor fascinado pela amante dos homens chamado futebol, coloque sua cabeça no travesseiro e durma com este pensamento: “não são conquistas que fazem o mérito dos pequenos clubes, mas a sua audácia e a forma de como encaram os desafios”.
Abraços,

Matheus Souza
Apresentador do Programa Info Sports
Rádio Provisão FM

Anápolis - GO

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