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Infinitas vezes nos deparamos com o inesperado em nossa vida,
aquela surpresa que vem de mansinho e logo nos faz arregalar os olhos e pensar
que realmente o impossível não existe.
Em nossa vida futebolística, fazemos um
papel de torcedor fiel, porém quando uma partida não envolve o nosso clube de
coração, na maioria das vezes esperamos a lógica, a naturalidade, o óbvio
acontecer, enfim, A vitória do favorito.
Na primeira parte desta matéria retratei feitos incríveis que
por detalhes não aconteceram, hoje a partir deste texto, a zebra que no mundo
animal sempre foi a presa, terá seu momento de predadora.
Quando um Rei assume o seu trono, é uma questão natural de
acontecer, mas nada melhor do que ver um plebeu assentado no melhor lugar do
castelo. Podemos chamar carinhosamente este castelo de Copa do Brasil, que
sempre foi um lugar democrático para que essas analogias realmente aconteçam.
Quatro plebeus já tiveram a honra de conquistarem o trono: Criciúma em 1991 (
comandado pelo “príncipe” Luiz Felipe Scolari), Juventude em 1999, Santo André
em 2004 e Paulista de Jundiaí em 2005.
A conquista do Ramalhão em 2004 (Apelido do EC Santo André),
batendo o Flamengo – RJ por 2 a 0 dentro de um maracanã lotado, foi o melhor
momento de gala vivido por uma das maiores torcidas do Brasil, não a torcida do
próprio EC Santo André, mas sim, aquela grande massa que torce contra o
Flamengo – RJ.
Continuando a falar de momentos espetaculares na Copa do
Brasil, posso citar passagens históricas como: o Baraúnas – RN eliminando o
Vasco - RJ dentro de São Januário goleando por 3 a 0 em 2005 ( lembrando que no
ano anterior o Vasco – RJ sofreu o mesmo revés para o XV de Novembro – RS), o Linhares - ES eliminando o Fluminense na
primeira fase e consequentemente logo depois, chegando às semifinais em 1994, além
do plebeu Brasiliense – DF que passou pelas grandezas de Fluminense – RJ e Atlético – MG, mas infelizmente não ergueu
a taça em 2002, perdendo a decisão para o Corinthians – SP.
Tudo isso me ensinou uma importante lição: “Realmente, o
melhor de um clube grande é fora das quatro linhas do campo, e o melhor de um
clube pequeno, é a demonstração de superação dentro da arena”.
Superação era o segundo nome do São Caetano – SP, nada me
entusiasmou mais do que ver um clube sem expressão e desacreditado por muitos,
chegar a duas finais de Campeonato Brasileiro ( 2000 e 2001 ), além de quase
erguer a Taça Libertadores em 2002, perdendo nos pênaltis para o Olímpia do
Paraguai. Mas enfim, sua afirmação chegou em 2004 quando conquistou o
Campeonato Paulista.
Peço desculpas a você torcedor amigo que sempre vai ao
estádio levando um rádio de pilha, talvez eu não tenha citado aqui alguma
glória que seu clube de coração fez por isso esta é apenas a segunda parte da
composição dessa matéria. Ainda tenho histórias pra te contar que realmente
inspira o impossível valer a pena em nossas vidas.
Caro leitor fascinado pela amante dos homens chamado futebol,
coloque sua cabeça no travesseiro e durma com este pensamento: “não são
conquistas que fazem o mérito dos pequenos clubes, mas a sua audácia e a forma
de como encaram os desafios”.
Abraços,
Matheus Souza
Apresentador do Programa Info Sports
Rádio Provisão FM
Anápolis - GO
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