Jovem e organizada, a Associação Atlética Aparecidense, esta cada vez mais consolidada no cenário local e nacional. São 32 anos de muitas histórias e conquistas.
E nessa belíssima história de estruturação, a Aparecidense contou com importantes e expressivos nomes, para chegar ao nível que está hoje.
Uma das diversas personagens da história do nosso querido Camaleão é Paulo Cezar de Toledo. Conhecido como Paulinho, hoje com 51 anos, foi um dos primeiros atletas profissionais a vestir a camisa da Aparecidense. Filho de Aparecida de Goiânia, atuou dentro das quatro linhas e não satisfeito, querendo fazer ainda mais pelo seu amado clube, se tornou conselheiro.
E ao longo de sua carreira profissional, passou por várias e inusitadas situações. Presente desde a fundação, Paulinho conta um pouco de como era o dia a dia dos atletas que aqui atuavam. “Nós disputávamos os campeonatos amadores do interior, foram muitos naquela época. Com o passar do tempo, nós passamos aqui para o estádio, já para disputar o campeonato da 2ª Divisão. Naquela época o estádio estava sendo feito, em reforma, e a gente mandava jogos lá em Ituaçu. Saíamos daqui para jogar lá, que é uma cidade próxima. Saiamos por volta de sete horas da manhã, retornava por volta de três horas da tarde, isso sem almoçar. A gente treinava só um período, pois íamos para lá e retornávamos para o estádio da continuidade nos nossos trabalhos” .
Além da rotina cansativa de todo o elenco, ninguém desanimava e esse percurso muitas vezes foi feito na caçamba de um caminhão e também com ônibus da prefeitura que sempre apoiou o esporte local. E além de ceder a caçamba do caminhão, o proprietário do veículo foi homenageado, o estádio recebeu o seu nome. “Anníbal é irmão do meu pai. Na verdade ele não era jogador de futebol não, ele era tocador de sanfona. Ele tinha um caminhão e naquela época, ele ficava carregando o pessoal para jogar bola no caminhão. E pelo pai dele ser um dos pioneiros da cidade, deram o nome aqui de Anníbal Batista de Toledo”, afirmou Paulinho que é sobrinho de Anníbal.
Paulinho atuou pela Aparecidense de 81 a 91 e defendeu as cores de apenas uma outra equipe, da cidade de Buriti Alegre. E mesmo sendo lateral esquerdo de origem, o atleta atuou no gol do Camaleão. A inédita atuação de Paulinho aconteceu graças ao episodio na cidade de Cristalina, contra os donos da casa. O então goleiro titular, Elton Brasília, falhou na partida que daria a classificação e foi dispensado pelo diretor Samuel. O que eles não contavam era que o segundo goleiro também era um desfalque, estava no DM.
Foi ai então que, para ajudar sua equipe e o comandante técnico Raimundinho, ele se dispôs a usar a camisa 1. “Quando era criança eu gostava de brincar no gol, nos rachão, ai eu fui pro gol. Treinei uma semana e nós fomos para o jogo contra o Comercial de Catalão. E nós ganhamos o jogo de 3 a 2, não classificamos, mas também ganhamos o jogo aqui dentro. E eu fiz até umas defesas boas, foi um jogo até emocionante”.
E após inúmeras partidas com as cores do Camaleão, Paulinho se tornou conselheiro e sempre acompanha a equipe. Seu filho até que tentou seguir os passos dentro das quatro linhas, mas atuou por pouco tempo nas categorias de base e seguiu outros rumos. E como conselheiro e torcedor, Paulinho não deixa de acompanhar a equipe. Esteve na arquibancada na vitória de 2 a 1 diante do Iporá, no Anníbal. E ele afirma que ajudou e ainda irá ajudar no que puder, a equipe da Aparecidense.
Crédito: Marielly Dias / Aparecidense
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