A Caixa informou que o Goiás não esta na lista das equipes que serão patrocinadas este ano pelo Banco Estatal.
Esta informação gerou descontentamento do presidente do Goiás Sérgio Rassi, que gerou uma nota de repúdio.
Nota oficial
Estou perplexo com informação
recebida e confirmada pela diretoria da Caixa que estamos "fora" do rol
de times a serem patrocinados pela mesma em 2015.
Muito claro e certo na minha memória quando, há
cerca de dois anos, na gestão do Dr. João Bosco, lá fomos pedir este
patrocínio e tivemos como resposta: "o Goiás Esporte Clube há três anos
consta em nossa lista de intenções e, até o momento, só dela não faz
parte porque não é detentora das certidões negativas de débito; traga-as
que vocês farão parte dessa lista"!!
No início de nossa gestão, há cerca de 14 meses,
arregaçamos as mangas de nossas camisas e começamos a trabalhar neste
sentido, cortando da própria carne.
Obviamente que não por determinação
da Caixa, mas por filosofia de trabalho, tendo, contudo, como premiação
aos nossos esforços, o dito patrocínio. Tivemos redução brutal das
quotas de TV por antecipações praticadas anteriormente, ficamos sem
patrocinador máster em nossa camisa desde maio de 2014 e, ainda, não
tivemos a presença de maioria de nossos torcedores em nossos jogos!
Ainda neste cenário adverso, instituímos medidas, tais quais, limitação
salarial, recolhimento rigoroso de impostos , assim como quitação de
dívidas trabalhistas e extrema contenção de gastos, com proibição de
contratações de novos funcionários e demissão daqueles considerados
supérfluos à instituição.
Sob extrema dificuldade cumprimos nossas
obrigações salariais em dia, assim como premiações por desempenho.
Tivemos a competência de jogadores da base, que subiram ao time
principal e, graças a esses heróis gladiadores esmeraldinos, fizemos boa
campanha no campeonato nacional, em nenhum momento sob risco de
rebaixamento, além da conquista do campeonato goiano de 2015 e a "quase"
conquista de bicampeonato em 2014, em condições de exceção, não
consolidadas.
Em 2015 muito alarde se fez à medida provisória
adotada pelo governo no sentido de moralização fiscal e trabalhista.
Batizada como "Proforte", veio ganhando corpo e discussão ao longo dos
meses, com diversas polêmicas e modificações. O Goiás Esporte Clube tem
ficado alheio a essa situação, porque não precisa se adequar aos termos
da medida! Conseguimos por esforços próprios, cumprirmos além dos
quesitos requeridos!
Este é o grande paradoxo da questão!! Como o
governo apregoa o rigor fiscal e trabalhista e marginaliza clubes que
rezam sistematicamente desta cartilha?? Vejam a performance do Goiás
Esporte Clube, financeiramente, em 2014. Fomos o time com melhor
desempenho em termos de balança econômica, com redução de débito em 22%
(cerca de 15 milhões de reais), em que pese toda a dificuldade de
receita mencionada!!
Ao passo que todos os demais times da série A (com
exceção do Flamengo) aumentaram seus déficits financeiros.
Que país é esse, que vive do corporativismo e
apadrinhamento de seus comparsas, praticando o clientelismo dos
comissionamentos e superfaturamentos??
Que país é esse que não reconhece o mérito e o trabalho honesto!!
Que não premia o bom aluno ou o bom desempenho?? Que prefere virar as costas aos que prometeu ajudar se assim merecesse!!
Torcedor esmeraldino, não precisamos desta
humilhação!! Vamos estampar em nossa camisa aquilo que orgulhamos em
expor! NOSSO PRÓPRIO NOME!!
Venha e assine-a comigo! Vamos mostrar a todos que
somos maiores que nossas adversidades! Que esta injustiça nos faça
crescer ainda mais, às nossas próprias custas e méritos!
Sérgio Rassi
Presidente Executivo do Goiás Esporte Clube
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